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#130 - Convida: Clarissa Wolff


#Edição 130

Clarissa Wolff nasceu em Porto Alegre, é escritora, adora falar sobre saúde mental e cultura na internet, é apaixonada por gatos e tem um mapa astral todo em Peixes com Escorpião. Seu mundo particular, interesses e áreas que domina são tão vastos quanto intrigantes: literatura, ciência, astrologia, matemática, TikTok e muito mais. É impossível não ficar fascinada por seu cérebro e pela profundidade e sensibilidade com que transita por tantos temas e como conecta com tanta genialidade referências que vão do cult ao pop. Seu primeiro livro, Todo mundo merece morrer, escrito durante a recuperação de um câncer, foi publicado em 2018 pelo Grupo Editorial Record. Ela atua criando alguns dos melhores conteúdos que você encontra na internet e também mantém a newsletter Alcateia no Substack.

Uma palavra que vale a pena conhecer

Vou ir pela sonoridade, não pelo significado. Libélula é minha palavra favorita, leve e macia. Quando era mais nova, adorava o feminino das palavras: imperatriz, maestrina, musicista.

Um poema que vale a pena ler

Three women, da Sylvia Plath, fala sobre feminilidade e maternidade com as imagens potentes e pungentes que só ela consegue trazer.

Um conselho que vale a pena compartilhar

A criadora de conteúdo Xenia Adonts fez um vídeo explicando por que é tão calma, e lançou o seguinte questionamento que mexeu demais comigo: essa situação ou pessoa merece que eu mova tanta energia negativa?

Um podcast que vale a pena ouvir

Em inglês, o podcast In Our Time da BBC discute ideias e eventos que mudaram o mundo através de conversas com especialistas nas áreas de ciências, história, filosofia e cultura. Em português, o podcast República das Milícias do Bruno Paes Manso investiga como o Rio de Janeiro se tornou um território em disputa. 

Um livro que vale a pena ler

“Ritmo louco”, da Zadie Smith. Fui ler sem saber sobre o que seria e se tornou um dos meus livros da vida. Não vou falar muito para não influenciar a experiência, mas pode ler com fé que vai ser bom.

Descobri recentemente…

A série Tell Me Lies. Como pessoa naturalmente obcecada, passei a respirar essa história.

Um signo que você acha mais desafiador de entender e por quê?

Todos os signos têm seus mistérios e profundezas, mas meu coração tem uma queda pelas questões de Escorpião. 

Uma passagem literária que te acompanha nos momentos difíceis

“Talvez eu nunca seja feliz, mas esta noite estou contente,” dos diários da Sylvia Plath, me lembra de que o contentamento com o agora pode ser tão forte quanto uma ideia conceitual do que seria a felicidade. E, no papel compartilhado de escritora deprimida, também amo “me deixe viver, amar e contar tudo isso em frases bem escritas”, um lembrete de que não preciso de tanta coisa assim.

O autor(a) que você gostaria de ter como vizinho(a)

Leonard Cohen, especialmente na época em que ele morava em Hydra, na Grécia, com sua então esposa Marianne (já pensou na delícia participar dessas conversas nesse lugar paradisíaco?)

James Burke/The LIFE Picture Collection/Getty Images

Uma lição dos hospitais que todo mundo deveria saber

 É uma experiência curiosa se descobrir tão vulnerável frente a desconhecidos, ainda mais dependendo desses desconhecidos. Faz a gente entender que a ideia de uma autonomia total é uma ilusão completa. Tanto dentro quanto fora do hospital, a gente precisa das outras pessoas para sobreviver, para se conectar, para ser feliz.

Um personagem literário que vale a pena conhecer

Sadie, de “Amanhã, amanhã e ainda outro amanhã”, de Gabrielle Zevin. Aliás, todo mundo do trio que protagoniza essa história sobre amor, amizade e criação de novas possibilidades de mundo.

Uma causa que está em meu coração

Saúde gratuita para todos e fim da fome no mundo. Acho que todos no planeta deveriam ter direito de viver com dignidade, e esses dois itens são o comecinho dessa conquista.

Um frase que vale a pena guardar

O ego mata o talento.

Um conceito filosófico que influencia seu trabalho

“São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades”, Alvo Dumbledore (juro).

Uma obra de arte que mudou a sua perspectiva

“As meninas”, do Velázquez, talvez não seja minha obra favorita, mas é o que mais mudou minha perspectiva. Me lembro até hoje da professora de História da Arte explicando o impacto e a história da obra. Adoro como, em um primeiro momento, parece que nós somos a obra de arte sendo pintada, com o pintor nos encarando com o pincel na mão.

© Iasmine Souza

Uma exposição que todo mundo deveria ver

A que estiver rolando na Pinacoteca de São Paulo no momento que você ler esse texto.

Uma pergunta que vale a pena fazer

Por quê? (Vale pra tudo.)

Uma indulgência da qual nunca abriria mão

Coca zero. Fico nervosa só de pensar em acordar sem uma Coca gelada para me dar bom dia.

Uma conta do Instagram que vale a pena seguir

@nasawebb para lembrar que existe muita beleza no universo, que a gente é capaz de coisas incríveis, e que, ao mesmo tempo, somos muito pequenos no grande esquema das coisas.

Um filme que vale a pena assistir

“As virgens suicidas”, da Sofia Coppola. Vale a pena ver até mesmo se você leu o livro e sabe a história, a experiência é muito diferente e conseguiu traduzir muito bem essa sensação meio claustrofóbica que a prosa do Jeffrey Eugenides traz. E "O diabo veste Prada", provavelmente o filme que mais vi na vida.

Um lugar que vale a pena visitar

Sou muito clichê, que ódio, mas eu amo a Shakespeare and Co em Paris. É um lugar muito acolhedor para quem ama histórias, e ainda tem uma gatinha que mora lá. 

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