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#147 - Convida: Natalia Boere
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#Edição 147

Desde 2020, a cantora, compositora e jornalista baiana Natália Boere está à frente do “Me cante uma história”, talk show em cartaz na Arena B3, a casa de espetáculos da Bolsa de Valores de São Paulo, em que artistas cantam e contam as histórias por trás de seus sucessos. Já recebeu nomes como Ney Matogrosso, João Bosco, Ivan Lins, Alceu Valença, Elba Ramalho, Adriana Calcanhotto, Xande de Pilares, Roberta Campos, Xenia França e Maria Gadú. Foi repórter do jornal O GLOBO por 12 anos e, em 2024, repórter da Rio2C, maior feira de criatividade e inovação da América Latina. Possui formação em teatro pelo The Lee Strasberg Theatre and Film Institute e em canto pela Juilliard School, em Nova York.
Uma palavra que vale a pena conhecer
Generosidade anda fazendo falta por aí..
Um filme que te marcou

Preciso falar de “Ainda estou aqui”. Sem dúvida, o filme que mais me marcou nos últimos tempos. Fiquei presa na cadeira do cinema quando acabou, vendo os créditos e chorando. Uma história linda de amor e resistência contada e defendida da forma mais bonita possível.
Um conselho que vale a pena compartilhar com aspirantes a jornalista
Não se acomode com o óbvio. Com a primeira resposta, com a primeira ideia. Busque sempre ser original e consistente em tudo o que fizer. Já temos muito mais do mesmo por aí.
Um podcast que vale a pena ouvir
“Praia dos Ossos”. Um privilégio conhecer mais a fundo Ângela Diniz, mulher autêntica e destemida numa época em que as mulheres não podiam ser autênticas, nem destemidas. Revoltante acompanhar o julgamento em que seu assassino, Doca Street, foi praticamente absolvido por “legítima defesa da honra”. Inspirador reviver a mobilização de mulheres que, anos depois, conseguiram que ele fosse condenado e fizeram prevalecer a justiça.

Na minha redação dos sonhos você sempre encontrará…
Quindins!

Um livro que vale a pena ler

“Viva o povo brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro: a melhor história do Brasil. Tive a honra de entrevistá-lo na terra dele, Itaparica, na Bahia. E de contá-lo que “Viva o povo” foi o primeiro livro que me fez chorar. E ele, com a malandragem que lhe era peculiar, falou: “quer dizer que eu te fiz chorar?! E também me fez rir.
“A casa dos budas ditosos” é quase um manual de escárnio e humor refinado.
Descobri recentemente…
quee consigo me organizar. Tarefa difícil, hein? Um dia de cada vez.. Rs..
Uma causa no mundo que está no meu coração
Tenho muita vontade de construir um abrigo com oficinas de capacitação para moradores de rua.
Uma mudança que gostaria de ver na indústria criativa
que números de seguidores no Instagram não fossem a maior referência para o valor de nada, nem de ninguém.
Uma frase que vale guardar
“Nada lhe pertence mais que seus sonho”, de Nietzsche.
Sou movida a sonhos, desde sempre.
Um artista cujo trabalho eu colecionaria se pudesse
Salvador Dalí, um mestre do desbunde.

Um show de música que todo mundo deveria experienciar
Arcade Fire e BaianaSystem. Catarses coletiva.
Uma conta do Instagram que vale a pena seguir
@tom_cardoso_10. Tom é o biógrafo de Tarso de Castro, um dos fundadores do Pasquim, e autor da biografia definitiva de Nara Leão, segundo Cacá Diegues, ex-marido da cantora. Além disso, compartilha crônicas com um sarcasmo que eu adoro.

Um verso de música que não canso de cantar
Meu maracatu pesa uma tonelada, da música homônima, da Nação Zumbi.
Se minha carreira jornalística fosse um gênero musical, seria
A mistura perfeita da MPB com o indie rock.
Se você pudesse mudar uma coisa sobre como as pessoas consomem notícias
Hahahahaha. Ia tirar o celular da mão delas. Ninguém lê nada com atenção pelo celular. Nem eu.
Um hábito que vale a pena cultivar
Fazer um esporte logo ao acordar. Passo o dia bem mais disposta.
Uma indulgência da qual eu nunca abriria mão
Docinhos de festa de criança

Uma entrevista que vale a pena assistir ou ler
Marina Silva no Roda Viva. Sempre uma aula.
Se eu pudesse entrevistar um figura história, entrevistaria
Maria Quitéria, baiana arretada que se vestiu de homem para lutar pela independência do Brasil na Bahia. Foi a primeira mulher a integrar o Exército Brasileiro. Uma super referência de força e coragem para mim.

Um lugar que vale a pena conhecer
Bonito, no Mato Grosso do Sul, é um dos lugares mais impressionantes que já vi. Não há experiência comparável a nadar ao lado de peixes enormes, alheios à sua presença, em uma água tão transparente que parece de mentira – como a do Rio da Prata. É como estar dentro de um aquário.
Uma marca que vale a pena conhecer

Fernando Viana (@fernando_avv). Artista plástico gaúcho radicado no Rio, viveu por muitos anos em Londres, de onde vendia suas peças para os Estados Unidos, Japão, Arábia Saudita e diversos países da Europa. Um verdadeiro mago da pintura à mão e do upcycling, transforma retalhos de tecido em obras de arte. Suas criações equilibram perfeitamente elegância e irreverência, e tenho o privilégio de vesti-las no meu talk show, Me cante uma história. Costumo dizer que seu ateliê, em Santa Teresa, é a minha Disney particular.
Um cantor/cantora que vale a pena conhecer
Minha conterrânea Xenia França: além de cantar e compor muito, é uma mulher linda, inteligente, articulada, poderosa e com muito a dizer


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