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#174 - Charlie Sheen, Spike Lee, anos 90, arte, história, um respiro latino e mais!

Guia EYN

Edição #174

Guia autêntico de cultura & experiência com indicações valiosas, que valem o seu tempo, do que ler, assistir, visitar, comer, experimentar e comprar.

Netflix

Um raro retrato de alguém tentando fazer as pazes com o próprio passado — e talvez, pela primeira vez, com ele mesmo

Fazia tempo que não via um documentário tão bom. O furacão Charlie Sheen já foi o rosto mais bem pago da TV americana e também o protagonista de um dos colapsos mais públicos de Hollywood. Em aka Charlie Sheen, documentário em duas partes que acaba de chegar, ele reaparece de um jeito que poucos imaginavam: sóbrio, sereno e disposto a encarar os fantasmas do passado. Entre depoimentos de Jon Cryer, Denise Richards e Sean Penn, o filme reconstrói a trajetória de altos e abismos que incluiu vícios em drogas e sexo, escândalos midiáticos, chantagens e o diagnóstico de HIV. E mostra um Sheen hoje mais introspectivo e arrependido, sete anos longe das drogas, revisitando com franqueza o turbilhão que quase o engoliu e que o afastou de Two and a Half Men, a série que o consagrou.

AppleTV+

Destemido, orgulhosamente Black e impossível de ignorar 

Spike Lee volta com sangue nos olhos e câmera afiadíssima em Highest 2 Lowest, sua releitura nada submissa de High and Low, clássico de Akira Kurosawa. O filme começa como um thriller elegante e contido, mas logo se contorce até virar um manifesto só dele: barulhento, político, visceral. Denzel Washington é um executivo da indústria musical que vê o filho ser sequestrado e decide que vai resolver tudo sozinho. A tensão cresce aos poucos, até explodir em alguns dos momentos visuais mais potentes da carreira recente de Lee. Entre o duelo magnético com A$AP Rocky (o sequestrador) e os mergulhos no caos urbano, o filme alterna precisão cirúrgica e pura combustão. Irregular? Um pouco. 

Onde termina a coragem e começa a escuridão? 

Monta Clare, Missouri, 1975. Uma cidade pacata mergulha no medo quando meninas começam a desaparecer sem deixar vestígios. Quando a próxima vítima é a filha de uma família rica, o improvável herói Patch — um garoto local, cheio de cicatrizes próprias — decide enfrentá-lo de frente. Só que seu gesto de coragem acende um pavio que expõe segredos sufocados, paixões perigosas e a presença de um serial killer à solta. Em Todas as Cores da Escuridão, Chris Whitaker transforma uma história de amor e perda em um thriller denso e imprevisível, onde a esperança brilha, mas pode cegar.

Podcast

Histórias reais, intensas e inesperadas sobre esporte

Muito além do placar: 30 for 30, da ESPN, transforma o esporte em narrativa potente, investigativa e emocional. Das origens do UFC à história de um videogame lendário, passando por temas como luto, superação e injustiça — cada episódio é uma imersão que revela o que há de mais humano no mundo dos esportes.

Playlist

 ALT-CRUNCHY

Um mergulho no lado mais neo-hippie da cena alternativa dos anos 90: guitarras dedilhadas, refrões ensolarados e aquele clima de hacky sack no gramado da faculdade. Soa como entrar num café natureba em 1996, com cheiro de patchouli, pão de grãos e muito idealismo no ar.

Transformando pigmentos em gesto poético

Juliana dos Santos transforma pigmentos em gesto poético e cor em experiência sensível. Partindo do azul efêmero da flor Clitoria ternatea, que se oxida diante dos olhos, a artista investiga o tempo, a impermanência e a potência da cor como memória. Sua nova instalação nasce de um processo coletivo — iniciado durante sua residência no edifício Pina Contemporânea — e se expande com pigmentos de origem vegetal como catuaba, erva-mate e pau-brasil. Com curadoria de Lorraine Mendes e patrocínio da Chanel, “Juliana dos Santos: Temporã” propõe um olhar delicado e radical sobre como artistas negros reinventam as formas de representação, dissolvendo fronteiras entre arte, história e educação.

Quando: até 8 de fevereiro de 2026
Onde: Pina Contemporânea -  Avenida Tiradentes, 273, Luz, São Paulo
Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h.

Um respiro latino e salgado no coração do centro paulistano

No térreo do Copan, o chef colombiano Dagoberto Torres — o mesmo por trás do Barú Marisquería, acaba de abrir o Brisa, um balcão intimista com só doze lugares e catorze criações inéditas que celebram o frescor do mar. Ostras na chapa com leche de tigre de amendoim, guacamole com camarão e chipotle, patacón de chicharrón com atum marinado e um dourado servido na folha de bananeira dão o tom da experiência: precisa, delicada e vibrante. 

Onde: Edifício Copan - Av. Ipiranga, 200 - loja 46 - Centro Histórico de São Paulo

Um bistrô francês com alma carioca e fila na porta desde o primeiro dia

Depois do sucesso estrondoso do Babbo, Elia Schramm abriu as portas do Francese — um bistrô francês radiante no Rio que já nasceu com cara de clássico. Instalado no segundo andar de um sobrado repleto de luz, o restaurante combina clima acolhedor, serviço atencioso e um menu que equilibra precisão técnica e frescor.Um novo capítulo da cozinha francesa no Rio, com o carisma de Elia como ingrediente central.

Onde: Rua Barão da Torre, 472 - Ipanema, Rio de Janeiro

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