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#175 - EYN Convida: Ligia Costa
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#Edição 175
Ligia Costa é pesquisadora e palestrante em Futuro e Humanidade. Aborda saúde mental, bem-estar, mindfulness e inteligência artificial aplicados à liderança e à educação com uma narrativa leve e acessível, capaz de traduzir temas complexos em inspiração prática. Autora do livro Líder Humano Gera Resultados, reúne mais de 25 anos de experiência profissional, tendo passado por multinacionais como LucasArts, no Vale do Silício, Ogilvy & Mather, Neogama BBH e Brasil Telecom. Liderou ainda o marketing do Yahoo para a América Latina, coordenando equipes em oito países. Hoje, dedica-se a inspirar a transformação de indivíduos que se reconhecem como humanos antes de líderes.
Qual superpoder você gostaria de ter
Eu quero acreditar que já tenho um superpoder: saber voltar ao eixo e sentir paz interna. Aprendi isso com a prática de mindfulness. Essa paz me permite enfrentar as adversidades sem fugir delas, sem filtros ou ruminações, apenas com presença. Mas, se eu pudesse escolher outro superpoder além desse, seria a capacidade de semear uma humanidade mais íntegra e ética. A violência ainda me desestabiliza profundamente; não consigo aceitar a normalização da agressividade. Então, meu superpoder seria criar condições estruturais para que leis e políticas públicas garantissem dignidade e segurança à população e, ao mesmo tempo, investir na base, na educação, para que cada criança cresça em um ambiente que cultive empatia, consciência e harmonia. No fundo, esse superpoder seria um convite coletivo: transformar dor em consciência e construir, juntos, um futuro em que ser humano signifique também ser mais humano.
Um conteúdo (artigo/post etc…) que a inspirou recentemente e por quê
Recentemente me inspirei com um artigo da Tsinghua University, em Pequim, sobre o EMohaa, um chatbot de suporte emocional criado em 2023. Ele combina Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) com uma plataforma de diálogo aberto para auxiliar estudantes que enfrentam ansiedade, depressão, insônia e solidão. Em apenas duas semanas, os testes mostraram reduções significativas nos sintomas, especialmente em insônia e ansiedade.
Esse conteúdo me marcou porque traduz, na prática, o que estamos vivendo: um mundo hiperconectado em telas e, ao mesmo tempo, profundamente desconectado emocionalmente. Em outubro estarei na Ásia justamente para estudar iniciativas como essa que unem ciência, tecnologia e cuidado humano e compreender como podemos integrá-las à realidade brasileira.
Mas o que mais me instiga é o contraste entre gerações coexistindo, porém com linguagens e comportamentos completamente distintos. A Geração Z (1997–2012), os primeiros nativos digitais, nasceu sob a lógica dos algoritmos, exposta a telas desde sempre. Talvez já conversem mais facilmente com um chatbot do que com uma pessoa. Já os Baby Boomers (1946–1964), que cresceram com a TV como centro cultural, telefonia fixa e exposição limitada a telas, desenvolveram forte memória de longo prazo, pensamento linear e profundo, sustentados por rodas de conversa, olho no olho e afeto.
O futuro é tecnológico, mas a ancestralidade é social. E a ciência já mostra o preço do desequilíbrio: alimentos ultraprocessados, sedentarismo, ausência de vínculos familiares, excesso de telas e solidão não são apenas sintomas culturais, são fatores de adoecimento físico, emocional e mental. A questão que me move é: qual o futuro que vamos co-criar? Um de algoritmos que nos afastam, ou de tecnologias que nos devolvem ao essencial: presença, empatia e humanidade?
Como você equilibra performance e compaixão em contextos corporativos que ainda resistem à humanização

Aprendi a não criar expectativas e a não gastar energia tentando convencer ninguém. O equilíbrio entre performance e compaixão começa em mim: ser produtiva de forma sustentável e cultivar a compaixão como prática viva. Acredito que o exemplo pessoal é a forma mais poderosa de influenciar líderes, embora muitos ainda mudem apenas pela dor.
O mundo corporativo ainda não entendeu que essas habilidades geram lucro. A verdadeira performance nasce de colaboradores saudáveis e seguros psicologicamente, capazes de inovar, arriscar e criar com propósito. Ambientes assim têm menos absenteísmo, menos competitividade tóxica e mais pertencimento.
A compaixão, que gosto de chamar de poder de servir, é uma habilidade essencial para a liderança: mediar, construir pontes, enxergar talentos e criar condições para que cada um dê o seu melhor. O oposto disso — medo, pressão e competição — só adoece líderes e equipes.
Por isso, acredito que quem cuida de si, alcançando uma performance sustentável, está mais apto a cuidar do outro. É nesse movimento que nasce o equilíbrio entre performance e compaixão: um olhar verdadeiramente humano para o futuro do trabalho.
Por que mindfulness se tornou tão central na sua atuação como formadora de líderes
Estudo mindfulness desde 2012. Em 2018, vivi uma imersão no Centro de Felicidade no Butão e depois me formei como facilitadora na Califórnia, em um instituto nascido dentro do Google. Desde então, escolhi comunicar a prática de forma laica e fundamentada em ciência: cuidar da mente não é crença, é ciência aplicada.
No mundo corporativo, ainda vemos lideranças tóxicas, exaustão, baixa diversidade e profissionais em burnout que naturalizam o colapso como prova de produtividade. O trabalho invadiu a vida a ponto de esquecermos que a vida é, ela mesma, o nosso trabalho em tempo integral. Vivemos também a era do excesso de informação, da atenção fragmentada e do brain rot, fenômeno reconhecido pela Oxford University em 2024, que descreve a deterioração da memória e da reflexão diante do consumo superficial de conteúdo digital.
O mindfulness oferece o contrário: foco sustentado, clareza, autorregulação emocional, resiliência, empatia e compaixão. A neurociência mostra que, ao trazer a atenção de volta após uma distração, fortalecemos o córtex pré-frontal e reduzimos a ruminação mental.
Não se trata de ser “zen”, mas de uma competência indispensável para liderar no futuro do trabalho. Quem não cuida da própria mente se torna refém de algoritmos e reações automáticas. Já líderes que treinam presença e humanidade equilibram performance e compaixão, criando ambientes mais saudáveis, criativos e sustentáveis.
No fim, o mindfulness é mais que uma prática: é a lembrança de que, antes de liderar, precisamos aprender a ser mais humanos.

Qual foi a maior descoberta que você fez em silêncio
Descobri, em silêncio, que a vida é dura demais e que eu não quero ser tão dura, exigente e rígida comigo mesma. Esse insight aconteceu em 2023, quando participei de um retiro de silêncio de sete dias em um mosteiro budista japonês. Foram sete dias de prática de zazen no Templo Zen Budista Taikanji, conduzido pelo monge Enzo, fiel à tradição da Escola Soto Zen do Japão: disciplina, pontualidade e perfeccionismo em cada detalhe.
O sino tocava às 5h15 da manhã. Às 6h já estávamos prontos para a primeira meditação do dia, em jejum, seguida da celebração matinal com mantras na sala de Buda e, só às 8h, o café. A rotina era precisa: seis sessões diárias de zazen sentado, três de caminhada, duas de contemplação durante trabalhos voluntários no jardim ou na horta, além de uma hora de yoga. E silêncio absoluto, 24 horas por dia.
Durante as sessões de zazen, quem perdia o foco fazia um gesto de reverência e recebia do monge o kyosaku, uma espécie de bastão usado como correção e estímulo. Um ritual curioso, que mistura disciplina e humildade: aceitar o gesto como convite para retomar a presença. Fiquei horrorizada com esse ritual, entrei em um estado de alerta acima do normal para não receber a correção, honestamente, não acho nada gentil este ritual budista.
A alimentação seguia a tradição ovo-lacto vegetariana, servida nas chamadas “tigelas de Buda”. O silêncio se mantinha também nas refeições, onde todos serviam todos em ordem, sincronia e com rezas e mantras antes de começar. Para mim, a comida era deliciosa; para alguns, um martírio. Confesso que em alguns momentos minha mente pensava:
Vou sair daqui com TOC, tamanha a rigidez desse ritual.
E havia gafes, inevitáveis. Dei alguns “foras” por não conhecer todos os rituais, bebi a água salgada de lavagem de nariz, achei que haviam servido água, mas não, errei e cheguei até a rir sozinha de nervoso. Esses momentos de descontração me lembravam de quem eu sou, no meio de tanta disciplina.
No fim, saí de lá com a certeza de que havia cumprido meu objetivo inicial: intensificar minha prática de meditação. Mas levei comigo outra lição ainda mais valiosa: não quero tanta rigidez para a minha vida. Precisa ser leve.
A maior descoberta que fiz em silêncio é que não preciso transformar a vida em um campo de batalha contra mim mesma. A espiritualidade, a meditação e o treino mental são ferramentas para viver melhor e não para me prender em um padrão impossível de perfeição.
Silêncio, sim. Disciplina, sim. Mas sempre com leveza.
Qual prática simples você recomendaria para alguém que sente que está sempre no “modo urgente”
Comece observando a respiração. Se perceber que ela está curta ou acelerada, pare por um instante e, mesmo que de forma forçada, inspire e expire longa e lentamente, pelo menos três vezes. Esse pequeno gesto é um segredo poderoso de auto regulação ao longo do dia.
Se conseguir ir além, quando notar a mente acelerada, os pensamentos correndo em ritmo intenso, a sensação de atraso ou de estar sempre devendo, volte-se ao corpo. Ele geralmente dá sinais: maxilar travado, sobrancelhas contraídas, pescoço rígido, coração acelerado, postura curvada, abdômen solto, mãos suando. Nessa hora, pause. Observe esses pontos e faça pequenos ajustes na postura e na respiração. Mude o corpo e você mudará a mente.
O “modo urgente” costuma trazer pensamentos negativos e um estado de colapso mental. A prática é simples: parar para voltar ao estado natural de presença. Só nesse lugar de equilíbrio é que surgem as melhores respostas.
A ciência confirma: respirações profundas ativam o sistema parassimpático, reduzem cortisol e ansiedade, e ampliam foco e clareza mental.
O que a Lígia de 48 anos diria para a jovem executiva que fazia ponte aérea grávida
Diria que o que ela fez foi incrível, genuíno e de coração. Eu estava cheia de energia física e mental, vivendo uma fase da vida em que a maternidade só potencializava minha vitalidade. Acho que essa pergunta carrega um aspecto de julgamento, quase uma indução ao arrependimento. Mas não, nenhum pouco. Pelo contrário: sou imensamente grata e privilegiada por ter tido saúde para atravessar aquele momento. Talvez, se minha gestação tivesse tido alguma intercorrência ou se minha família não me apoiasse, hoje eu estaria contando outra história. Mas, para mim, estar grávida sempre foi sinônimo de estar cheia de vida. Vivi isso duas vezes e teria vivido muitas mais, de tão linda que foi a experiência.
Eu também amava a ponte aérea São Paulo–Brasília. Foi um período de grande aprendizado sobre limites, ritmos e diferentes culturas de trabalho. Brasília me ensinou a desacelerar: caminhava no parque, fazia massagem, me alimentava bem no campus da empresa, pegava táxi sem me preocupar com trânsito. Durante a gestação naquela cidade, tive muito mais qualidade de vida do que normalmente imaginamos.
Se pudesse dizer algo àquela jovem, seria:
Continue. Está tudo certo. Você está mais viva do que nunca. Estar grávida é força, amor, potência, nunca um obstáculo.
Um hábito que te ajuda a escutar melhor o mundo
Não reagir de imediato ao que as pessoas falam. Escolho silenciar e realmente escutar, sem julgamento. Descobri que não preciso ter respostas para tudo, nem convencer todos da minha verdade. O outro é o outro, e está tudo bem. Muitas vezes, o silêncio é o nosso melhor amigo. Sabe aquela frase clichê: “Quer ser feliz ou ter razão?” Eu escolho ser feliz muitas vezes.
Outro hábito é o estudo e a curiosidade. Tento não me limitar à minha bolha para não ficar míope diante das necessidades do mundo. Circulo em diferentes ambientes, pesquiso, me coloco sempre como aprendiz. Assim, consigo ampliar meus olhares e contribuir de forma mais consciente na minha área de atuação.
Um livro que vale a pena ler
Ah, agora vou ter que começar me gabando, lógico: o meu, Líder Humano Gera Resultados. Brincadeira à parte, eu sou uma leitora ávida. Tenho sempre diferentes títulos na cabeceira e escolho o que ler de acordo com o meu dia. Às vezes me conecto com o Bhagavad Gita, outras vezes mergulho em livros sobre inteligência artificial, bem-estar ou ciência da meditação. Também adoro me perder nas palavras de Carla Madeira. Mas, no fundo, acredito que o livro certo é aquele que se conecta com o seu momento de vida e com o resultado que você deseja naquele instante. Recentemente li Suite Tóquio e adorei, mas também me entreguei a romances da Colleen Hoover, não porque fossem a minha escolha inicial, mas porque eram os livros que minhas filhas estavam lendo. Eu quis ler junto com elas, falar sobre os temas que estavam mexendo com a nova geração, entender a linguagem delas. Foi maravilhoso poder compartilhar leituras e depois discutir os temas à mesa, cada uma trazendo seu olhar.
No fim, o livro que vale ler é sempre aquele que abre um canal de conexão, consigo mesmo ou com quem se ama. O que vale é a conversa e a ampliação de repertório.

Uma questão existencial que te acompanha há tempos
Hum… talvez a minha questão seja justamente não ter uma questão que me acompanhe por tanto tempo. Ao longo dos anos, com terapia, meditação, práticas de autocompaixão, mapa astral, numerologia e tantas ferramentas de autodesenvolvimento, aprendi a lidar melhor com o que emerge. Vivo meus lutos e alegrias com intensidade, e tenho o hábito de verbalizar minhas angústias e desejos com meu companheiro, minhas filhas e familiares. Acho que isso me permite não carregar fardos por tanto tempo. Quando uma questão aparece, tento enxergá-la logo, enfrentá-la e transformá-la. Talvez a grande descoberta tenha sido essa: não fugir da vida, mas vivê-la em fluxo, com aceitação, presença e coragem.
Um filme que vale a pena assistir
Não sou a melhor pessoa para indicar filmes… até porque, se passar das 10 da noite, provavelmente já estarei dormindo. E, se eu disser que assisti, pode ser mentira (risos). Eu gosto mesmo é de filmes no brain, romances leves que me ajudam a descansar a mente. Dois que valem a pena: Comer, Rezar, Amar, que além de ser um romance de viagem também conecta com espiritualidade e autodescoberta e certamente todos já assistiram, e Sob o Sol da Toscana, uma história leve, inspiradora e sobre recomeços femininos. Filmes que me lembram que a leveza também é uma forma de cuidado.

Uma imagem que representa sua ideia de equilíbrio
Descalça, com os pés no chão, na grama ou na areia. Perto da natureza, sentindo o mar, o pôr do sol, a cachoeira. É nesse contato simples e profundo que encontro meu verdadeiro equilíbrio.
Um objeto cotidiano que guarda mais sabedoria do que parece
O meu sino do Butão, que uso para conduzir minhas aulas de meditação mindfulness. Tenho enorme carinho e respeito por esse objeto, porque ele me lembra que um simples som pode ser um convite à presença, à pausa e à sabedoria que nasce do silêncio.
Um mito sobre produtividade que você gostaria de desmontar
O luto de ter perdido a guarda das minhas filhas. Passei por um divórcio muito doloroso, marcado por situações difíceis e maldosas. Foi um dos maiores desafios da minha vida. Esse momento de vulnerabilidade me atravessou de forma profunda, mas também me fez crescer. Aprendi a ressignificar a dor, descobri o amor incondicional que sinto pelas minhas filhas, a reencontrar meu eixo e a transformar sofrimento em força. Foi um processo que me trouxe ainda mais consciência sobre a importância da dignidade, da verdade e da coragem. Hoje sei que minha vulnerabilidade não é fraqueza, mas sim a raiz da minha humanidade.
Uma pessoa que te inspira
Meu avô materno sempre me inspirou pela sua generosidade. Mas, com o tempo, percebi que não é apenas sobre pessoas específicas, e sim sobre características que considero valiosas e que busco cultivar em mim mesma. Hoje me inspiro na vivacidade, na gentileza, na coragem, na liberdade, na bondade e na perseverança, onde quer que eu as encontre.
Qual habilidade emocional você considera mais urgente para o futuro do trabalho — e por quê
Escrevi um livro sobre isso, Ser Humano antes de ser Líder, e sigo acreditando que a habilidade emocional mais urgente é a capacidade de observar a si próprio. Estar presente em tudo o que se faz, ter clareza do foco, saber onde está e para onde deseja ir. Você só será um bom líder se souber primeiro gerenciar a si mesmo: seus interesses, expectativas, emoções e inseguranças. Primeiro você; depois, os outros. Quem não sabe se autogerenciar, dificilmente conseguirá liderar pessoas. Também considero essencial a empatia: colocar-se no lugar do outro e praticar a escuta ativa, sem julgamento. Porque, do outro lado da mesa, independentemente de cargos ou salários, existe sempre um ser humano como você, com dores, sonhos, desejos, crenças, medos e virtudes. Liderança verdadeira nasce do respeito e da empatia.
O que a influência (e a exposição) nas redes sociais te ensinou sobre presença
Exposição e presença são quase contraditórias. Já me culpei por não estar sempre nas redes, mas hoje levo isso com mais leveza: posto quando faz sentido. Se estou presente em algum lugar, dificilmente o celular está comigo. Aprendi que está tudo bem viver o momento integralmente e pedir uma foto depois, se quiser postar. Respeito o papel das redes e, em alguns momentos, me coloco a serviço delas. Mas preciso estar criativa, disponível e com algo real a compartilhar. Apenas cumprir tarefa e ser funcionária dos algoritmos não é comigo. Prefiro a verdade da presença, mesmo que isso signifique aparecer menos. Ainda assim, reconheço: preciso melhorar nisso.
Um lugar no mundo que te ajuda a lembrar o que é essencial
Dentro de um abraço.

Um conselho para pessoas que querem construir uma carreira com propósito, sem abrir mão de si mesmas
Não tem jeito: em alguns momentos você vai sim abrir mão de si, vai se perder para depois se reencontrar. Carreira com propósito não é linear, é feita de altos e baixos, de escolhas e da confiança no fluxo, em si mesmo e nos seus valores. Propósito não é sobre você, mas sobre o impacto que gera no outro — e como esse impacto também te motiva a seguir. Quando mantemos o holofote apenas em nós e na nossa satisfação pessoal, limitamos as possibilidades. Quando usamos nossos talentos a serviço do mundo, transformamos o entorno e, nesse movimento, também nos transformamos. Valores, estes nunca podem ser negociados.
Um ingrediente invisível que você acha essencial na cultura de um time saudável
Pessoas do bem, que acreditam e confiam umas nas outras. Confiança é o ingrediente invisível que sustenta um time saudável, porque quando sabemos que podemos contar com o outro, tudo flui com mais leveza, colaboração e verdade.
Uma frase que te acompanha como um talismã
Tá tudo bem.
E sigo repetindo: eu sou o amor, quem quer que me veja verá o amor, e onde quer que eu esteja eu irradio o amor.
Uma colaboração (real ou imaginária) que ainda gostaria de viver
Uma colaboração para transformar a educação e ampliar a consciência no nosso país. Esse é o sonho que ainda me move e a parceria que mais desejo viver, só não sei se ela é real ou imaginária.
Uma pergunta que você gostaria que te fizessem mais vezes
Ligia, como você pode nos ajudar a transformar a educação? Como podemos desenvolver programas que reduzam estresse, ansiedade e burnout no nosso país? Como ampliar a consciência coletiva e, assim, reduzir a violência?
São essas as perguntas que eu gostaria de ouvir mais, porque elas revelam disposição para mudança e abertura para construir, juntos, um futuro mais humano.
O único artista cujo trabalho eu colecionaria se pudesse
Claude Monet. Teria quadros em todas as paredes, com suas pinceladas soltas e a natureza em constante mudança. Mas, mesmo que pudesse ter uma obra, não a guardaria só para mim: acredito que a beleza deve circular e inspirar diferentes olhares. O que realmente guardo comigo são os desenhos das minhas filhas.



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