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#183 - Madrugada histórica, dilemas éticos, nu-disco, Ernesto Neto e mais!

Guia EYN

Edição #183

Uma vida mais gostosa começa quando a gente sai do piloto automático. Pequenas escolhas — o filme certo, uma boa mesa, um respiro no meio da cidade — podem virar aquela fagulha que muda o humor da semana inteira. Então respira, ajusta o ritmo e vem planejar o fim de semana com intenção.

Quando uma madrugada vira história

Um mergulho delicioso no caos organizado que reuniu 46 dos maiores artistas do planeta em uma única madrugada de 1985 para gravar “We Are the World”. Michael Jackson, Lionel Richie, Stevie Wonder, Bruce Springsteen, Cyndi Lauper... todo mundo ali, espremido no A&M Studios, tentando transformar uma noite exausta em um momento eterno. O doc resgata imagens inéditas e histórias que ficaram décadas guardadas: a recusa de Prince, o desconforto de Sheila E., a diplomacia ninja de Quincy Jones e as tensões naturais quando muito talento e pouco tempo dividem o mesmo ar. Bao Nguyen dirige com mão leve e afeto, deixando claro que o hit não nasceu só de vozes potentes, mas de colaboração, personalidade e vulnerabilidade compartilhadas.

Disponível na Netflix

Crise na Casa Branca

A House of Dynamite mergulha nos bastidores do poder enquanto autoridades enfrentam decisões impossíveis, dilemas éticos e a pressão crescente de um ataque iminente. Embora seja uma obra de ficção, o filme se inspira em protocolos reais de defesa, pesquisas extensas e documentos desclassificados para recriar com autenticidade os bastidores de uma operação de emergência. Misturando tensão geopolítica, estratégia militar e drama humano, House of Dynamite entrega um retrato intenso e provocador sobre responsabilidade, liderança e transparência em um dos cenários mais críticos que um governo pode enfrentar. Ideal para quem gosta de suspense político narrado com ritmo, pesquisa e urgência.

Disponível na Netflix

No ritmo da nossa própria mente

Um mergulho inteligente e super acessível sobre a conversa mais constante – e mais poderosa – da nossa vida: aquela que a gente tem com a gente mesmo. Ethan Kross, neurocientista e psicólogo, explora como essa voz interna pode ser bússola ou sabotadora, dependendo de como aprendemos a lidar com ela. Entre pesquisas de ponta, histórias reais e casos que parecem saídos da vida da gente, o livro mostra caminhos práticos para transformar ruminação em clareza, foco e leveza mental. É daqueles que você lê rápido, mas fica pensando por dias.

"Mudei para Veneza há quase sete anos para fazer um estágio no Guggenheim e nunca mais fui embora. Já morei em muitos lugares pelo mundo mas Veneza foi o primeiro lugar que realmente chamei de casa, o primeiro onde comprei coisas que não cabem mais em malas e onde senti vontade de ficar. Acho que existe em Veneza uma espécie de recusa em se adaptar aos tempos modernos, algo que considero profundamente romântico.

A cidade tem uma escala humana. Atravessar de um ponto a outro é quase sempre um trajeto feito a pé. O ritmo aqui é outro até o modo de se deslocar é completamente diferente das grandes cidades. E o som. A ausência dos carros faz com que a gente ouça o próprio caminhar, o barulho da água, o murmúrio das ruas. Essa proximidade sensorial transforma o cotidiano em algo mais consciente. Veneza é água em todos os sentidos. É movimento e espelho, é o que te sustenta e o que pode te afogar se você resistir demais. Acho que viver aqui me ensinou isso, a necessidade de se entregar ao fluxo. Talvez seja por isso que tantos partem e tantos voltam porque uma vez que você aprende a se mover nesse ritmo líquido, o resto do mundo parece sólido demais, barulhento demais. Em Veneza, tudo acontece devagar mas de forma intensa.

Tem uma frase do Leonard Cohen que diz “If you don’t become the ocean, you’ll be seasick every day”. Acho que viver em Veneza é exatamente isso, um exercício constante de entrega. A cidade não se adapta a você, é você quem precisa se dissolver um pouco nela, encontrar o seu balanço entre a maré. Veneza te obriga a desacelerar, a aceitar que o caminho mais curto nem sempre é o mais rápido, que a água dita o ritmo e você apenas acompanha. Em Veneza, resistir é enjoar. É preciso se tornar parte desse movimento líquido, deixar-se levar. Talvez seja por isso que, depois de um tempo, a gente aprende a flutuar e percebe que o que antes parecia instabilidade é na verdade, equilíbrio."

Mel Marcondes, produtora de exposições

Pra ouvir sem pressa

Se o seu fim de semana pede pista imaginária e energia lá em cima, a nova playlist Glitterbox 2025 entrega exatamente isso. Um compilado fresquíssimo de nu-disco, batidas cintilantes e lançamentos que traduzem o som da festa hoje. É aquele mix que levanta o astral instantaneamente e deixa qualquer momento com cara de noite boa chegando.

Um play que clareia a cabeça

On Purpose oferece conversas leves e diretas sobre bem-estar, propósito e aqueles ajustes de mentalidade que deixam o dia mais intencional. Episódios curtos, perfeitos para ouvir caminhando, cozinhando ou entre um compromisso e outro. 

Abrindo caminho para experiências extraordinárias

A exposição Ernesto Neto: Sopro, apresentada na Pinacoteca de São Paulo, propõe um mergulho sensorial em instalações imersivas que nos tiram da rotina acelerada e nos conduzem a um momento de pausa. Nas obras de Ernesto Neto, materiais como tecidos, crochê e especiarias tornam-se pontes suaves para a contemplação, o corpo e o ambiente se conectam e a simplicidade de um gesto — respirar, estar presente, explorar — ganha peso. Em um mundo que vibra no “tudo-ao-mesmo-tempo”, essa exposição é um lembrete de que pequenas escolhas conscientes, como desacelerar por alguns instantes ou ocupar o corpo no espaço da arte, podem abrir caminho para experiências extraordinárias.

Se o seu fim de semana pedir uma mesa que surpreende sem fazer esforço, o recém-chegado Tortuga, do chef Pedro Gonzalez, merece entrar no radar. Depois de rodar Nova York, Sydney e Barcelona, ele voltou para São Paulo trazendo uma cozinha que não cabe em fronteiras. O menu tem essa personalidade despretensiosamente ousada: combinações improváveis que funcionam, texturas que se completam e pratos que brincam entre leveza e potência. 

O menu abre com o tartar de coxa de avestruz com ponzu de água de tomate e o beignet de espinafre com queijo pont-l’évêque Serra das Antas; a croqueta de jamón aparece discreta, mas entrega. Entre os principais, brilham o orecchiette em temperatura ambiente com stracciatella e tomates confitados, e o casarecce mentaiko, com dashi, shoyu, manteiga noisette e trio de ovas.

Ter tempo e dinheiro para viver o fim de semana do jeito que você quer não é sorte — é planejamento.
Investir é o que transforma isso em realidade.

No C6 Bank, você encontra uma plataforma completa de investimentos para o curto, médio e longo prazo, no mesmo app do seu banco.

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