Mãe da Naomi de quase 3 anos, é uma cidadã do mundo que viveu em NY, Shanghai e Londres. Sua paixão por novas experiências moldou sua trajetória pessoal e profissional. Atuou na área comercial de empresas como Wall-Mart Brasil e Kraft-Heinz no UK, além de empreender no ramo de alimentos saudáveis em Londres durante a pandemia. Retornou ao Brasil em 2021 para formar sua família e hoje é consultora de inovação e tecnologia na Accenture. Filha de médicos, sempre se interessou por saúde e psicologia positiva. Após a perda trágica do marido, essas práticas se tornaram fundamentais para sua recuperação emocional.

Uma frase que vale guardar

"É preciso uma aldeia para criar uma criança", um provérbio originalmente africano, nos convida a refletir sobre um modo de vida em comunidade. Ele destaca a importância das conexões e redes de apoio que nós, pais, devemos cultivar para cuidar de nossas crianças. Mas imaginemos o potencial dessas conexões se elas se estendessem para além dos nossos filhos! Minha verdadeira compreensão sobre o poder dessas relações veio quando fiquei viúva. É simplesmente indescritível a força que a conexão humana pode gerar quando nos unimos com a intenção genuína de ajudar, cuidar e amar. Contudo, é importante notar como essa conexão vem sendo desafiada pelo avanço da digitalização. O crescimento exponencial da tecnologia e da inteligência artificial traz consigo um vazio interno, que buscamos compensar através do contato com a natureza, práticas meditativas e o simples, mas fundamental, contato humano.

Um conselho que vale a pena compartilhar

"This too shall pass", ou "isso também passará". Quando nos encontramos "no olho do furacão", imersos em um desafio ou em um momento no auge da conquista, vale a reflexão sobre a relativização. Esse conselho me faz lembrar como a jornada é muito mais importante do que a foto de um momento específico.

Um podcast que vale a pena ouvir

A Slight Change of Plans, da neurocientista comportamental Dra Maya Shankar. Ele explora histórias de vida extraordinárias e transformadoras. A própria jornada de Maya é um testemunho do poder da adaptação. Aos 15 anos, era uma violinista proeminente na The Juilliard School, mas uma doença debilitadora nas mãos encerrou abruptamente sua carreira musical. Essa mudança inesperada a levou a imergir nos estudos de ciências cognitivas, redirecionando completamente seu caminho. Sua trajetória acadêmica e profissional é notável. Após estudar em Stanford e Oxford, Maya serviu como Chair de uma nova área de ciência comportamental na Casa Branca e atualmente é Diretora da área de Economia Comportamental no Google. Sua história pessoal ilustra perfeitamente o tema do podcast: como pequenas mudanças de planos podem levar a transformações profundas.

Um hábito que vale a pena cultivar

Ser o 1º a acordar na sua casa, meditar no silêncio e passar café moído na hora. 

Um filme que vale a pena assistir

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Como fã da cultura e língua francesas, passei por uma fase de dedicação a filmes franceses, e este se tornou um dos meus favoritos. O filme é uma obra de arte musical e visual, com uma interpretação digna de Oscar por Audrey Tautou. Ele me transporta para um mundo de fantasia, narrado poeticamente, onde se destacam as pequenas gentilezas que Amélie faz pelos outros. Com determinação e coragem, Amélie decide melhorar a vida das pessoas através de pequenos gestos criativos. Durante essa jornada, ela enfrenta sentimentos universais como amor e solidão, o que leva ao seu próprio crescimento pessoal. A cereja do bolo: vale mencionar que as cores predominantes do filme — verde, vermelho e amarelo — foram inspiradas pelo artista plástico catarinense Juarez Machado, o que acrescenta um toque especial à estética da obra.

Uma mudança que gostaria de ver no mundo

Conscientização. Sinto que cada vez menos as pessoas fazem escolhas ativas em seu modo de vida. Nossa sociedade se encontra imersa numa competição frenética "por mais", alimentando a ilusão de que acumular bens e produzir incessantemente são os caminhos para a felicidade. Falta compreensão sobre a crise existencial e de alma que vivemos. O que realmente escasseia é a presença consciente no momento de fazermos nossas escolhas, sejam elas grandes ou pequenas, que moldam nossa existência diária.

Uma marca que vale a pena conhecer

 Dinosaur Design, marca Australiana focada em produtos homewear, com uma filosofia de cor e forma. Cada peça é feita manualmente utilizando uma resina especial derivada de um subproduto da indústria petrolífera. Este material, em seu estado bruto, é essencialmente um resíduo que, se não aproveitado, pode ser queimado ou solidificar-se, tornando-se inútil e destinado a aterros sanitários. As peças são muito versáteis, como um candelabro que pode facilmente se transformar em um mini vaso, enquanto um bowl grande serve tanto como um elegante enfeite para a mesa de centro quanto como um prático prato de servir. Seus designs únicos não decepcionam!

Um livro que vale a pena ler

"Let My People Go Surfing", escrito por Yvon Chouinard, fundador da Patagônia, uma marca de produtos outdoor conhecida por sua postura ambientalista. No livro, Yvon conta como começou a produzir equipamentos de alpinismo para suas próprias escaladas, abordando inicialmente a importância da qualidade dos produtos e a necessidade de serem produzidos de maneira ética e durável. Ele discute temas culturais como a flexibilidade no trabalho, a importância de priorizar as paixões pessoais e a promoção da inovação através da experiência prática outdoor dos funcionários. O ativismo empresarial, tanto social quanto ambiental, sempre foi fundamental para a inovação dos produtos e para as estratégias comerciais e financeiras da empresa. Atualmente, 100% do lucro da Patagônia é destinado a essas causas. É inspirador ver como a marca conseguiu quadruplicar suas vendas nos últimos 10 anos, alcançando uma receita anual de 1 bilhão de dólares.

Quando eu quero me sentir bem…

Eu faço uma massagem relaxante, seguida de um banho de banheira com sais de magnésio e sal de Epsom para relaxamento do corpo e revitalização.

Um lugar que significa muito para mim

Londres. Talvez por seu histórico real intrigante, mas também por sua diversidade, multiculturalidade e pelo céu cinza, que me trouxe tanta resiliência de vida. É uma cidade viva, mas também "família", dependendo do seu momento e do programa. Acho que foi lá que amadureci e me tornei mulher.

Um ícone de estilo

Effortless chic: Diane Kruger. Sempre com modelos clássicos e um toque moderno. Transmite sofisticação e confiança através de sua evidente beleza natural.

Meu guru do bem-estar

Minhas idas à sinagoga e momentos de introspecção e conexão com D'us. Redescobri recentemente que a Chapada dos Veadeiros é parada obrigatória no nosso Brasil. Em outra vida... devo ter sido uma perua escandalosa.